Me pergunto se passamos parte do tempo de vida na Terra vivendo a vida ou esperando a morte acontecer? Senão for parte, ou até mesmo seu todo. O que me faz pensar assim?
Quando temos a experiência de morte próxima a nós, parece que o “clic” para a vida se desperta. Situações como a perda de um amigo por acidente ou por um câncer, um familiar, um animal, ou até mesmo quando a morte se dá a um desconhecido, porém com grandes repercussões.
Algo como, um adulto jovem que morre de infarto aos trinta e poucos anos. Súbito, não esperado e assustador. Afinal, não se deve morrer aos trinta e poucos anos. O vovô aos noventa, sim. Ele já aproveitou muito da vida, está sozinho. Seus amigos já se foram, sua companheira já partiu, não há papos mais que o vovô possa acompanhar e então, seu momento chegou. Tudo bem. Descansou! Parece consolador.
E a morte no jovem é desesperadora! Na criança então, algo inconcebível. Como pode existir algo tão sofrido assim? Não existe, trata-se de uma verdade indiscutível. A dor de um pai ou uma mãe ao perder um filho é inquestionável.
Morte: uma dor apertada no peito ao perder a minha planta que cultivei por anos a fio, quanto dediquei-me a ela, quanto ela leva de mim para o Universo. E lá se foi. Quão individual é o tema da morte. Para cada um ela se faz de maneira diferente, como tem que ser. A morte pra mim é?
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